Milhares de pessoas sabem que o yin e o Yang são as energias chinesas atribuídas ao positivo e ao negativo; é possível que consultem o I Ching, o livro das mudanças, sem compreender como funciona. Talvez ignorem a história, filosofia, arte e religião chinesas e sentido de mistério e de coerência dos mesmos.
Na China a vida foi sempre muito perigosa; fato que ficou marcado pelas guerras, violência incontroláveis, invasões e as rebeliões que a devastaram frequentemente. As mudanças eram muito comuns, a fome e as inundações assolavam constantemente os campos, então não é surpreendente que muitos se tornaram eremitas, rodeados de paz interior e exterior, em comunhão com a natureza, num paraíso. O eremita se transformou na figura ideal por oitenta gerações. E esses eremitas buscavam a harmonização com o Tao.
A palavra Tao carece de tradução correta o seu significado supera as palavras, inclusive em chinês os grandes textos chineses consagrados ao Tao, principalmente o Tao Te King, São compilações de máximas e alegorias que apontam para significados diferentes. Mas Tao literalmente significa o caminho a seguir e tem sido traduzida como via, absoluto, a lei, a natureza... Essas interpretações não estão incorretas, pois o uso que muda de acordo com o tema do estudo.
O próprio Lao tsé falou a seu respeito da seguinte maneira: “uma coisa que contém tudo, que nasceu antes da existência do céu e da terra. Que silêncio! Que solidão! É único e no mundo gira sem perigo para si mesmo, e é a mãe do universo. Não conheço seu nome e por isso chamo de Tao (Caminho), mas com relutância chamo de Infinito, fugaz ou não fugaz”.